O setor mineral é um setor que está em constante transformação e mudanças acontecem ao longo de todo ano. Hoje, nós separamos alguns pontos que podem ser grandes protagonistas neste ano que se inicia.
Foto: Agência Brasil
Ano de 2022:
Em relação ao ano passado, quando analisamos o número de alvarás de pesquisas que foram publicados, o ritmo de atividade de exploração foi menor em relação aos outros anos. De acordo com a ANM (Agência Nacional de Mineração), foram publicados 9.732 alvarás de pesquisa, enquanto que no ano de 2021, foram publicados 10.098 títulos.
Minas Gerais liderou o ranking de estado que mais foi publicado: teve um total de 2.245. Em seguida, Bahia com 1.823, Goiás e Distrito Federal com 650, Ceará com 593 e Mato Grosso com 562. Em relação aos relatórios de pesquisa que mostram efetivamente as atividades de exploração realizadas, em 2022 totalizaram 1.510 comparado a 2021 que teve um total de 1.654. Para o ano de 2023, espera-se que os números aumentem em relação ao ano passado.
Ouro:
Para os próximos anos, grandes expectativas são criadas e acredita-se que haja o crescimento da produção de ouro em decorrência da implementação de vários projetos no estado do Pará, Tocantins, Bahia Goiás e Mato Grosso.
Minerais Críticos:
Minerais críticos são necessários e utilizados na produção de veículos elétricos e geração de energias renováveis que são extremamente relevantes e importantes na transição energética. Com o avanço de tecnologias, eles vêm gradativamente avançando no cenário brasileiro.
Observa-se que, com um valor de 15,2 bilhões no ano de 2022, o cobre é o terceiro mineral mais importante na produção mineral brasileira e possivelmente a tendência é de crescimento para os próximos anos.
Além disso, o níquel vem sendo requisitado em novos projetos implantados. Projetos que envolvam o lítio também ganham força, ganham expansões e já estão sendo operados. O nióbio também ganha destaque em projetos que ampliam sua produção.
Fertilizantes:
Quanto aos fertilizantes, mesmo o Brasil sendo o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, é apenas o décimo maior produtor. Isso aumenta a demanda na produção internamente visando atender o agronegócio.
Receita da mineração:
Neste ano de 2023 poderá haver a recuperação do setor de mineração em termos de receita. Isso se deve ao fato da China estar começando a reabrir sua economia após a política de ‘c0vid-zero’. O setor mineral fechou o ano de 2022 com uma retração de 26,3% no faturamento de acordo com Minera Brasil. Entretanto, para o ano de 2023 as expectativas são altas. Acredita-se que a receita da mineração deve crescer em 2023, a não ser as perspectivas da economia global sigam se deteriorando:
A tendência para 2023 será de recuperação do setor em termos de receita, porque a China está começando a reabrir sua economia após a política de ‘c0vid-zero’. Vale lembrar que o mercado de mineração do Brasil está extremamente ligado à demanda chinesa por minério de ferro”, Pedro Galdi, analista do setor de mineração e metais da Mirae Asset Wealth Management.
Segundo Pedro Galdi, o fato de alguns países possuírem uma fragilidade econômica pode até desacelerar a demanda por aço e, consequentemente, por minério de ferro, entretanto, não há como prever com precisão:
“No entanto, não é tão simples avaliar o impacto desse cenário, porque nos EUA existe o pacote de infraestrutura do governo, que aponta para o aumento da demanda por aço”, acrescentou.
Ainda, o IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração) trouxe que a receita do setor de mineração totalizou R$ 250 bilhões em 2022, levando em consideração o ano de 2021, a mineração registrou faturamento recorde, de R$ 339 bilhões.
Fonte: Revista Brasil Mineral, IBRAM e Minera Brasil.